A campanha dezembro vermelho é dedicada a ampliar a divulgação de informações sobre a doença e reforçar a solidariedade às pessoas portadoras do vírus

A campanha Dezembro Vermelho, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1987, surgiu para lembrar a importância da luta contra a Aids e transmitir compreensão, solidariedade e apoio aos portadores do vírus HIV.

As ações do Dezembro Vermelho buscam sensibilizar a população quanto à importância do acesso à informação adequada sobre HIV, sobre a evolução dos métodos de prevenção e de tratamento. Diversos estudos já demonstraram, por exemplo, níveis indetectáveis de HIV no organismo de uma pessoa que vive com o vírus e esteja em tratamento antirretroviral significa que o vírus deixa de ser transmitido a outras pessoas. Este é um passo importante para que se consiga cumprir o compromisso, assinado na Declaração de Paris, de acabar com a epidemia de AIDS enquanto ameaça à saúde pública até 2030.

Segundo dados mais recentes do UNAIDS, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, cerca de 37,9 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo até dezembro de 2018 e, destas, 24,5 milhões tinham acesso à terapia antirretroviral – medicamentos capazes de salvar vidas – até junho deste ano. Apesar deste enorme avanço, o mundo ainda registrou 1,7 milhão de novas infecções em 2018 e 770 mil mortes em decorrência da AIDS.

HIV-1 e HIV-2: conheça a diferença entre os vírus que causam a Aids

O vírus HIV-2, um segundo tipo do organismo que causa a Aids, teve sua presença confirmada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz, durante o II Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro em 2010. Encontrado em 15 pacientes, o vírus tem uma taxa de replicação menor e, por isso, pode ser considerado como uma versão mais “lenta” (mas também fatal) do HIV-1, o mais conhecido no país. Os dois têm a mesma ação no organismo humano, mas o HIV-2 produz menos partículas virais que o HIV-1. Como não há tanta partícula no organismo da pessoa infectada, a possibilidade de transmissão é menor, mas ela existe. Isso significa que, ao ser contaminada, a pessoa demora mais a desenvolver a doença.